terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sétimo Semestre - 2009/2

Talvez o sétimo semestre tenha sido o mais difícil para mim. Confrontou-me com o planejamento, algo que eu tenho plena consciência da importância de realizá-lo para o sucesso do trabalho, mas que para mim é bastante difícil. Acredito em minha intuição e por vezes deixo o planejamento de lado. O semestre, o seminário integrador, as lições de Freire na base para os trabalhos gerais e também de EJA, a Arquitetura pedagógica, mostraram-me um caminho sem volta: É planejando que as coisas dão certo. Aprendi que Tudo acontece por que tudo foi planejado, talvez possamos arrumar algumas arestas, organizar algumas questões que não ficaram claras, rever conceitos e atividades, mas o objetivo que foi traçado, será cumprido, não por que se deu uma ordem, mas por que se organizou passo a passo para ele ser alcançado.

Sobre Arquiteturas:

No texto de nossas professoras Marie Jane Soares Carvalho,
Rosane Aragon de Nevado e Crediné Silva de Menezes "(...) As arquiteturas pressupõem aprendizes protagonistas. Com orientação do professor, requerem-se do estudante ação e reflexão sobre experiências que contemplam na sua organização pesquisas, registros e sistematização do pensamento. O mesmo princípio se aplica aos professores,
embora o âmbito de ação e reflexão seja de outra natureza.
A ação dos professores tem como exigência a pesquisa, o registro e a sistematização
ao planejar e avaliar as experiências de aprendizagem para seus alunos.(...)
Nos revelam as possibilidade de um protagonismo no processo aprendizagem através das arquiteturas pedagógicas. E elas o são protagonistas pois fazem o aluno e principalmento o professor a desacomodar-se numa perspectiva piagetiana e também numa perspectiva real, pois assim como faz o aluno e o porfessor se encontra com suas certezas a partir de uma premissa interrogativa e passa a caminhar por dúvidas que desacomodam e fazem buscar novas respostas para aquilo que pesquisa. E nesse ir e vir, não é apenas uma resposta que se encontra. É um processo de pesquisa incipiente científica, mas que dá suporte a construção de um novo conecimento baseado no buscar por suas próprias necessidades e ansiedades respostas cada vez mais relevantes ao aprofundamento daquilo que é o objetivo central da pesquisa.

Sobre Planejamento

O espaço pedagógico é um texto para ser constantemente lido, interpretado, escrito e reescrito (Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia, 1996,p.109)

E mais

Sobre Planejamento e o que os estudantes nos trazem

O que tenho dito  sem cansar, e redito, é que não podemos deixar de lado, desprezado como algo imprestável, o que educandos (...) trazem consigo de compreensão do mundo, nas mais variadas dimensões de sua prática na prática social de que fazem parte. Sua fala, sua forma de contar, de calcular, seus saberes em torno do chamado outro mundo, sua religiosidade, seus saberes em torno da saúde, do corpo, da sexualidade, da vida, da morte, da força dos santos, dos conjuros. (FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança, 1992, p.85)

Trindade(2005) coloca que a partir dos contatos com o mundo escrito antes mesmo do período escolar os sujeitos já estão inseridos na alfabetização, que os artefatos que são disponibilizados já estão  neste novo pensar sobre o alfabetizar.

E tudo isso conjugado junto, mostra-se uma forma de transformação e ela só se dará se for planejada. Todas as ações de mundo, seja  em casa, na associação, no clube, na cidade, no país alcançam êxito se forem pensadas, repensadas, e colacadas em ação, e depois disso avaliadas em seus resultados. Isso é trabalhar com planejamento. Dentro e fora da escola.

Sexto Semestre - 2009/1

Este semestre foi filosófico, mesmo que as questões étnicas, psicológicas e educação especial tenham tomado grande parte das leituras e debates, a filosofia se encarregou de nos mostrar que temos que ter lado e o lado que Adorno e Kent nos mostraram é que para sermos civilização temos que ter educação e ela não pode ser qualquer educação e deve defender acima de tudo a humanidade, jamais de fender a barbárie e é por isso que a psicologia, as políticas de reparação e a inclusão são fundamentais e tomaram o nosso tempo de aprofundamento, pois se queremos igualdade, temos que defender as diferenças e a diversidade em todos os momentos e espaços.

A EDUCAÇÂO

‘A educação era capaz de produzir filósofos-reis’ - Platão

‘A educação deve livrar o aluno da tirania do presente’ - Cícero

‘A função da educação era de ensinar os jovens como proteger a sua liberdade’ - Jefferson

‘A educação serve para libertar os jovens dos constrangimentos não-naturais de uma ordem social malévola e arbitrária’ - Rosseau

‘A educação serve para ajudar o aluno a funcionar sem certeza, num mundo de mudanças constantes e ambiguidades que confundem.’ - Dewey

A CIVILIZAÇÂO

Descorrendo os olhos sobre os texto de Kant e Theodor Adorno, vislumbrei diversas idéias que me levaram a busca de mais refernciais sobre os mesmos temas e encontrei algums escritos bem relevantes como a página do XI SimposioInternacional Processo Civilizador em Buenos Aires transcritos por Luiz Francisco Albuquerque de Miranda– UNIMEP –lfamiranda@uol.com.br sob o título VOLTAIRE E A SOCIOGÊNESE DO CONCEITO DE CIVILIZAÇÃO: A IMPORTÂNCIA HISTÓRICA DA CORTE inhttp://www.uel.br/grupo-estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais11/artigos/41%20-%20Miranda.pdf
além disso encontrei Norbert Elias que diz sobre a civilização:

"civilização é um processo, um encadeamento de eventos, mudanças sociais e interiorizações, que se dirige, ao longo da história ocidental, para um maior controle social, um maior controle técnico do homem sobre a natureza e uma maior disseminação de autocontrole entre os indivíduos"(ELIAS, 1994c).


O que nos faz diferente????????????????????????ww

Que inteligência éessa que nos faz diferentes dos animais e nos transforma em civilização?
Como as civilização se contruiram, como se educa, como se contrói e destrói, quais os passos de sua liberdade e sua luta por manter a liberdade e principalmente como o pensar a civilização pode nos fazer mais humanos, como cada pequeno gesto, ou uma simples palavra pode afetar a um e a muitos nessa rodaa viva? Qual a revolução que fazemos para construir o mundo?
"Sendo assim, as revoluções não concernem a pequenas questões, mas nascem de pequenas questões e põem em 

Quinto Semestre - 2008/2

O Quinto semestre marca o meio do curso, e principalmente o amadurecimento de estudante universitário. Como Freire disse, O mundo não é, ele está sendo, nós também somos seres inacabados em constante transformação e isso é provado a cada momento, independente de nossa história, idade ou esxperiência, cada momento é único e nos transforma.
Ao avaliar os outros semestre identifiquei a importância do Seminário Integrador, que busca, como o nome diz integrar as disciplinas, transformando-as em interdisciplinas, e ao rever o nome das interdisciplinas do semestre anterior, me deparei como havia me deparado naquele momento de 2008 com; Representação do Mundo... em todas elas e o eixo de trabalho com Tempo e Espaço, o que foi muito bem pensado para que o seminário fosse uma revolução para nós e acredito que para o próprio curso e a faculdade como um todo.É o SI que integram que reflete, que debate e que constrói novos paradigmas, pois confronta as interdisciplinas, as instiga e as faz compartilhar e construir saberes.
E nesse semestre para auxiliar essa revolução nos deparamos com o PPA que colocou em prática, de forma organizada os preceitos vistos na interdisciplina ECS, do primeiro semestre, que fez com que utilizássemos o máximo de ferramentas da internet, pesquisássemos virtualmente e de corpo presente e mais do que isso, interagíssemos com os trabalhos dos colegas.
Isso ainda é difícil, pois mexer no que é dos outros é difícil, fomos educados diferente. Mas o tempo hoje é de construção coletiva, é de rede e isso que faz com que a internet seja a rede mundial e nós inseridos nela, desde o e-mail até o EAD.

Quarto Semestre - 2007/2

De todas as interdisciplinas deste semestre o que me chamou mais atenção foi a matemática pois com o professor Samuel, compreendi alguns conceitos que para mim eram obscuros, e o maior de todos foi entender que geometria plana, não existe, o que existe é uma adequação da geometria do planeta para o plana, afim de podermos estudar. Visto que o planeta não é plano, sempre é curvo, é necessário planar os objetos para que se estude-os e possamos chegar aos cálculos que necessitamos e também fundamentos teóricos que podem ser exemplificados pelos textos de Hoffman citando Papert e Carraher:

Acredito que a transformação do mundo e a cooperação andam juntos e são base para que a aprendizagem da matemática se dêem de forma mais significativa, indo ao encontro ao que nos diz Papert e também Carraher através do texto da professora Hoffman:
(...)Segundo Papert (1980), o ensino da Matemática, tradicionalmente feito nas instituições escolares, é um processo que faz a criança “esquecer a experiência natural da matemática a fim de aprender um novo conjunto de regras” (p.243). Carraher (1989) também caracteriza a matemática escolar como não sendo significativa para o estudante, mas, sim, uma atividade institucional cujo objetivo é que o sujeito realize a tarefa definida pelo professor, saia-se bem em um exame, preencha o tempo na escola ou, até mesmo, aprenda Matemática.

Terceiro Semestre - 2007/2

Este semestre foi recheado de linguagens para a tranformação a partir da educação: Literatura, teatro, artes visuais. E isso tem muito a ver comigo que defendo e trabalho pelo teatro dentro e fora da escola.

A interdisciplina de teatro fez-me reencontrar com mestres como Viola Spolin, Peter Brook, Ingrid Koudela.

“todos aqueles que estão envolvidos no teatro devem ter liberdade pessoal para experimentar” (SPOLIN, 1979).

A interdiscplina de Literatura me fez perceber mais de perto a ideologia dentro das histórias infantis e sua correlação com o mundo e a política educaional:

“Temos uma pátria a reconstruir, uma nação a firmar, um povo a fazer... e para emprehender essa tarefa, que elemento mais dúctil e mais moldável a trabalhar do que a infância?!...”

(Senador Lopes Trovão, discurso  no Senado Federal em 11 de setembro de 1896.)

A interdisciplina de Artes Visual foi a mais instigante, pois me abriu ao portifólio de registros como instrumento de avaliação constante, uma forma de acompanhar a evolução do aluno tendo ele como protagonista no seu fazer e no seu avaliar.
Segundo Hernández, (2000, p.166),
“poderíamos definir o portfólio como um continente de diferentes tipos de documentos [anotações pessoais, experiências de aulas, trabalhos pontuais, controles de aprendizagem, conexões com outros temas fora da escola, representações visuais, etc.] que proporciona evidências do conhecimento que foram sendo construídos”. (Hernandez,2000)
“Ensinar significa acompanhar e instrumentalizar comintervenções, devoluções e encaminhamentos o processo de mudança de apropriação do pensamento.”
Madalena Freire, 1997.

Segundo Semestre - 2007/1

Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica, vasculhando a história da educação em todas as suas facetas, desde a colonização, passando pelo império e chegando a república, apresentando os pioneiros e nos colocando no cerne das discussões de rumos de uma nova educação talvez seja um dos pontos marcantes do estudo dentro da UFRGS, e ao mesmo tempo, visitar conceitos da psicologia, um dia abordados no Magistério, fascinaram o segundo semestre.

Talvez por ter sido muito identificado com a história desde a tenra idade e por ter em momentos específicos da adolescência e no ensino médio contato com professores que marcaram a história da cidade e do estado (Protásio Prates, Victor Becker e Paulo Eggon), A Interdisciplina de História tenha feito tanto significado para mim e isso talvez se explique num dos conceitos de Mecanismo de Defesa da interdisciplina de Psicologia:


Identificação – Diante de sentimentos de inadequação, o sujeito internaliza características de alguém valorizado, passando a sentir-se como ele, no início da vida é um processo necessário, mas permanecer nela, impede a aquisição de uma identidade própria.

      -    Quando o aluno se identifica com o professor, copiando sua maneira de vestir, falar e desejando ser ele quando crescer.

...É claro que crescemos e buscamos nossas identidades, mas nossa formação está ali...

Primeiro Semestre - 2006/2

O primeiro semestre de encontro com a universidade foi de uma magnitude imensa. Muitos anos me afastavam da convivência da academia, entretanto si o sonho de estar lá e graduar-me sempre era presente, e finalmente aconteceu. Com certeza, o tempo traz suas seus prós e contras. A experiência é uma delas e a falta de tempo é outra. Mas tudo se acomoda... “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena” (Fernando Pessoa).
Dentre as interdisciplinas cursadas a que mais me chamou a atenção foi Escola, Cultura e Sociedade – Abordagem Sociocultural e Antropológica. Essa interdisciplina além de explorar todo o contexto social e político da educação nos aproximou das tecnologias, o que lincou as demais interdisciplinas. A professora responsável nos jogou na internet de forma a mergulharmos, a navegarmos de verdade para desvendar o conteúdo e isso foi fundamental para entender e construir o conhecimento.

Visitando novembro de 2006

... Tenho pensado bastante sobre o curso e tenho me deparado com algo que além de inovador para mim, é para o mundo, tenho colegas estudando nos cursos presenciais e a distância em outras universidade e vejo como demandamos tempo para a nosso formação além deste outros cursos. A infinidade da internet e o formato de nosso curso nos possibilita a intervenção em diversos campos e lugares com as mais variadas pessoas, porém, nos demanda muito tempo (...)
Muitas vezes em sala de aula ou mesmo estudando, falamos, debatemos e não registramos, isso faz com que muitas coisas se percam pelo caminho e aqui, tudo está escrito, é uma grande vantagem, tem também a desvantagem de não poder dizer que não tinha dito aquilo ou aquele outro, tudo está escrito. Exercita também o pensar antes de agir.

A história repete-se, pois em Roma, os cristãos eram perseguidos e lutaram , ao chegarem ao poder perseguiram tantos e deparam-se com movimentos de resistência que nos séculos XV e XVI conseguiram estabelecer uma nova direção. Esses revolucionários, então burgueses tomam o poder e aliam-se as elites, construindo o capitalismo que é combatido por Marx e Engels a partir do século XIX . Questionando-se as verdades estabelecidas, e construindo movimentos como a Internacional e registrando a conjuntura através de periódicos e escritos conseguiu-se influenciar as classes sociais, conseguiu-se iniciar a democratização das escrituras, do conhecimento e assim questionar a necessidade de dominantes e dominados.

“Está claro que todos os ataques dirigidos, em geral, contra o feudalismo devem ser conduzidos contra a igreja, todas as doutrinas revolucionárias, sociais e políticas devem ser, ao mesmo tempo, heresias teológicas. Para poder sanear as condições sociais existentes é preciso tirar-lhes seu caráter sagrado.”(MARX, 1983).

O que fica claro é que o dominante utiliza seus meios de influência para educar os dominados com a ideologia e o objetivo que lhe for mais conveniente, seja para servi-lo ou para manter o sistema.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Para refletir II

A verdade é que, depois de séculos de modernidade, o vazio do futuro não pode ser preenchido nem pelo passado nem pelo presente.
O vazio do futuro é tão-só um futuro vazio.
Penso, pois que, perante isso, só ha uma saída: reinventar o futuro, abrir um novo horizonte de possibilidades, cartografado por alternativas radicais às que deixaram de o ser.

(Boaventura de Souza Santos, Pela mão de Alice, p. 322, 1995)


Esta semana, marco a entrega de boletins em duas das escolas que trabalho. As duas escolas realizaram atividades concomitantes uma delas fez Assembléia de pais para escolha de comissão para eleição de CPM e a entrega de boletins e a outra oportunizou  jogos interséiries para os alunos e também a entrega de boletins. Mas o que me leva a escrever é a conversa junto a essas atividades que tive com professores colegas. Reunido estávamos quatro professores: um com idade pouco superior a 20 anos, um com idade próximo aos trinta, um com idade acima dos trinta e eu, bem pertinho de 40... QUA REN TA! Bom, detalhes que o tempo não esconde e que nos lega experiência... Muita experiência. E as falas eram sobre os alunos, os problemas, aquilo que eles não aprendem e que estão interessados em todas as coisas que não fazem parte do conteúdo e etc, etc, etc. A história de sempre, a gente ensina e eles não aprendem porque sempre estão pensando em outra coisa. Questionei os meus colegas em três pontos: Quando eram alunos a sala de aula era diferente do que é hoje? A entrega de boletins era feita de outra forma do que aquela que estávamos fazendo? Quando eram alunos tinhamos comportamento muito diferentes de nossos alunos? Para espanto geral, todas as resposta, mesmo que fossem cheias de explicações e argumentações foram um taxativo Não. Conversamos mais sobre a educação e sobre a relação dos pais com a educação a escola e a participação de comunidade, mas o papo se desfez pois haviamos de atender os pais e dar atenção as outras atividade. 
Talvez esse relato possa ilustrar as palavras de Boaventura, citadas por Gadotti em Pedagogia da Terra, 2000, p. 55.
Durante muito tempo a sala de aula é a mesma. Meu filho, estuda em uma sala de aula com porta janela, quadro, mesas e cadeiras, uma atrás da outra e uma mesa de professor, maior que todas a frente. É claro que vez por outra, eles saem para ver teatro, fazer educação física, fazem um trabalho prático, mas em geral, estão ali, presos um atrás do outro a merce da fala do professor. E peal conversa com meus colegas, cada um representando uma geração e até um deles estrangeiro, a sala de hoje é iguas a de dez, vinte e trinta anos, e pelos estudos durante o curso, podemos afirmar que é igual a cem anos. tudo modifica, a sala de aula permanece. Então:





A verdade é que, depois de séculos de modernidade, o vazio do futuro não pode ser preenchido nem pelo passado nem pelo presente.

Ou seja.mesmo que avancemos em relações pessoais, tecnologias, conhecimentos, parece que na escola, na sala de aula, as coisas são eternas, enraizadas de tal forma que o futuro se vê vazio, pois nem o passado muda, nem o presente modifica e o futuro é apenas a repetição e quando olhamos de fora, não há horizonte, não há novidade, não há futuro, apenas as mesama coisas e essas mesmas coisas nos passam uma sensação de vazio, de nada, de não evolução.

O vazio do futuro é tão-só um futuro vazio.

è então pertinente reafirmar o mestre e dizer que esse vazio, esse ser igual pode representar um nada daqui para frente, apenas a repetição e isso pode ser uma futuro sem perspectiva, um futuro vazio.

Penso, pois que, perante isso, só ha uma saída: reinventar o futuro, abrir um novo horizonte de possibilidades, cartografado por alternativas radicais às que deixaram de o ser.

Também como Boaventura penso que é preciso radicalizar. Não podemos mais apertar engrenagens como fazia Carlitos em tempos modernos. Tmos que desapertar as engrangens, ou não apertá-las, ou ir além, não trabalhar com engrenagens, temos que reinventar o jeito de fazer educação. Temos que apostar na inversão da competitividade em cooperação, temos que construir um mundo sustentável, não pelo mercado e sim pela necessidade natural de ser humano, temos que inverter lógicas de capital que acumulam aquilo que pode e deve ser compartilhado para que todos tenham o pão. E isso é que deve ser ensinado, sem demérito a conteúdos que avançam a tecnologia e a arte, a escrita e o esporte, mas para que o futuro não seja um vazi, é preciso que tenhamos seres humanos repartindo o que o planeta nos oferece, e para isso é preciso mudar, radicalizar em nossas ações e em nosso pensamentos, defendendo e executando uma ideologia que reescreva a história de uma sociedade que se solidariza com todos e não apenas com alguns, para que as alternativas que antes foram colcadas em prática e talvez não alcançaram o desejado, sejam resgatadas e recartografadas para que não deixem de ser possibilidade de um um mundo sestentável, ético, solidário e amoroso.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Uma história quase triste

Essas história aconteceu comigo, mas poderia ter acontecido com qualquer pessoas. Não nos preocupemos pois apesar de triste, ela pode ter um novo final. Ela não aconteceu nem nas aulas da faculdade nem no estágio,nem em minha escola. Ela aconteceu em um trabalho muito distante de muito tempo atrás num lugar muito longem, mas o protagosnista era o mesmo que escreve hoje esse blog. A proposta do trabalho era  debater um assunto delicado com um grupo de alunos classificados como problemas, como terríveis, como os alunos que ninguém quer. Onde eles foram parar? Em um trabalho específico... O trabalho era difícil, pois o grupo de alunos era heterogênio na idade, nas série que frequetavam e nenhum tinha o mínimo interesse no assunto que trabalhávamos. Mas mesmo assim, um grupo de educadores e eu fomos adiante, discutindo debatendo e proporcionando uma vivência diferente dentro da escola desse grupo, porém fora dos padrões que eles estavam acostumados e diferente daquele organizado pela escola. Após vários encontros, inclusive de teatro, os alunos terríveis estvam comprometidos com o trabalho, organizados para encenar e radiantes com a oportunidade de mostrar aquilo que eram capazes além do envolvimento com a criminalidade, as drogas e principalmente o vandalismo e desrespeito na sala de aula e na escola. Pasmem: a instituição a qual estavamos trabalhando ignorou por completo essa mudança e taxou como problema não mais os alunos, e sim o trabalho e os educadores pois os mesmos atrapalhavam o andamento das aulas, o trabalho e conteúdo dos professores e isso era motivo suficiente para incomodação para a escola. Em nada, em momento algum, o trabalho e o comprometimento dos alunos e sua mudança de atitude ocasionou mudança de postura da escola para com eles. E assim o trabalho terminou e ficou na história, que hoje relembro contando pra você que lê. Talvez os alunos envolvidos não leiam, talvez alguns nem vivam mais talvez estejam preseos ou talvez tenham superado esse estabelecimento e o que compartilhamos tenha sido uma luz para uma outra vida possível. Isso com certeza foi para o menino que ontem encontrei atendendo em uma livraria e gritou do fundo da luja para mim: - E aí professor, como está, fazendo muito teatro? Sorri, o cumprimentei e nos abraçamos. Suas palavras foram: Que bom ver o senhor, tenho tanta saudade daquele tempo, mas hoje estou aqui, o que o senhor veio comprar...

"Se, a partir das origens dos sistemas de ensino modernos, a pedagogia tivesse sido concebida como uma ação individualizada, a profissão de professor teria se desenvolvido de acordo com o modelo da medicina, da psicologia ou do serviço social. Nesses setores, ninguém teria a idéia de reunir dezenas de pacientes ou clientes para lhe administrar um tratamento coletivo. Este é, em definitivo, o paradoxo da condição de professor: ser progressivamente submetido a normas ou a um modelo ideal quase tão exigente quanto aos que regem a medicina, a psicologia, ou o trabalho social, enquanto as condições de exercício da profissão são herança dos séculos em que, para transmitir conhecimentos, era suficiente reunir alunos, falar com eles, impor-lhes exercícios escritos.Levar em conta as diferenças para não transformá-las em desigualdades, porém fazê-lo em um sistema cuja organização básica é alheia a tal preocupação: essa é a mensagem que atualmente se dirige a muitos professores e que pode dar-lhes, não sem razão, a impressão de praticar um ofício impossível." (PERRENOUD, 2001)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Para refletir

A verdade é que, depois de séculos de modernidade, o vazio do futuro não pode ser preenchido nem pelo passado nem pelo presente.
O vazio do futuro é tão-só um futuro vazio.
Penso, pois que, perante isso, só ha uma saída: reinventar o futuro, abrir um novo horizonte de possibilidades, cartografado por alternativas radicais às que deixaram de o ser.

(Boaventura de Souza Santos, Pela mão de Alice, p. 322, 1995)

Andando com as próprias pernas

Em muitas vezes como professor me deparo com momentos de angústia, pois desejo intensamente ensinar meus alunos e alunas aquilo que acredito e nem sempre consigo visualizar se isso realmente aconteceu. É claro que sei que ninguém educa ninguém (FREIRE, 2000),  somos todos construtores coletivamente do conhecimento, mas o sentimento de alcançar o objetivo de ver o ensinamento se alargar nas mãos de um menino e de uma menina são impagáveis. No último período, o período de estágio, comecei a entender mais as palavras de Paulo Freire quando ele diz que é preciso ser protagonista do seu próprio saber. E isso se fez em vários momentos dentro de sala de aula, mas especificamente na 9ª semana de estágio tínhamos várias atividades: Retomada dos conteúdos em virtude do longo feriado, Início da Copa do Mundo de Futebol e preparativos para a festa junina. Um dos momentos marcantes foi a solicitação dos alunos em criarmos algo para apresentarmos, visto que eramos a única turma que ainda não havia preparado nada. Combinei com os alunos que montaríamos uma encenação e propus que a fizessem enquanto eu organizava as últimas decorações alusivas a Copa do Mundo e separava as doações para a festa de São João. As crianças conversaram, debateram, discutiram, deram idéias, recusaram idéias e pediram que eu colocasse músicas de São João. Buscamos o aparelho de som e o cd com as música e assim fizemos, as músicas tocaram e todos e todas foram dançando e organizando uma sequencia de cena sem que eu estivesse como orientador. Ao final da aula, tínhamos uma encenação de dez minutos com história, falas e dança, era apenas necessário produzir e ensaiar aquilo que os alunos construiram. Isso me fez ter certeza que é possível trabalhar com liberdade, democracia e participação, além da autonomia para que os alunos e as alunas sejam protagonistas de seu próprio aprendizado. E assim fazendo-se protagonistas de sua própria produção intelectual.

(...) Mas por onde começar? O que está no início, o jardim ou o jardineiro? É o segundo. Havendo um jardineiro, cedo ou tarde, um jardim aparecerá. Mas um jardim sem jardineiro, cedo ou tarde desaparecerá. (ALVES, 1998 in GADOTTI, 2000).

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Resgatando aprendizagens

Tenho me deparado com muitas aprendizagens nesses dias de estágios. Reencontrei-me com textos de Euclides Redim, tenho lido mais frequentemente Paulo Freire e tenho me deparado com muitos autores e autoras que me fazem repensar e reaprender muito do que vimos no curso e muito do que vimos na vida.
E isto está explicito no tempo de estudo o qual tenho me dedicado para planejar, para aprimorar e principalmente para argumentar todas as minhas propostas. Tenho sido tão aluno quanto os meus alunos, tenho dado importância e significado ao ato de estudar. "O ato de estudar, de ensinar, de aprender, de conhecer é difícil, sobretudo exigente, mas prazeroso, pois que os educandos descubram e sintam a alegria nele embutida, que dele faz parte e que está sempre disposta a tomar todos quantos a ele se entreguem". (FREIRE, 1998, p. 83).
Assim como eu resgato aprendizagens e reconstruo possibilidades de conhecimento e enfrento e ultrapasso possíveis fracassos, os alunos devem ter a possibilidade e uma grande aprendizagem dentro do meu trabalho deu-se no início dos trabalhos de resgate de aprendizagens dos alunos que por um motivo ou outro estão defasados nas aprendizagens possíveis e ou necessárias para o desenvolvimento de suas aptidões de construção de conhecimento.  O objetivo desse trabalho que possibilita um momento específico para alunos com defasagem, em ambiente diferenciado - biblioteca, sala específica, laboratório de informática, teatro - e com um número reduzido de participantes dá ao professor e ao aluno um olhar mais próximo, mais reflexivo, mais solidário, mais afetuoso e principalmente mais contundente no que tange em encontrar soluções para as inquietações dos alunos e suas defasagens no entendimento das questões abordadas.
Durante todo o trabalho com quatro alunos e o tema gerador  "operação matemática da divisão", estratégia de jogos, recursos como  "tabline" e material dourado foram fundamentais para organizar, embasar e empolgar o encontro dos alunos com a "divisão", antes um problema que dividia conhecimentos e após uma possível solução que compartilhava saberes. E para que essa ação dê resultado positivo não podemos esperar que tenhamos os meios satisfatórios, nós temos que fazer com que o meio seja satisfatório, indo a luta com trabalho respeito, sabedoria, argumentos e reivindicação, não só de materiais mas também de políticas públicas para uma educação de qualidade e democrática. "(...)podemos considerar que a evolução do sistema passa pela multiplicação das tentativas individuais. Para saber que recursos, condições de trabalho, meios de ensino, flexibilização de horários, comunicação entre graus e procedimentos de avaliação devemos pedir ao sistema, é preciso experimentar os obstáculos estruturais, enfrentá-los de forma concreta e pessoal. Senão estaremos falando no vazio. (...) Ninguém tem uma visão totalmente clara sobre o fracasso escola, a igualdade, a justiça, a diferenciação."(PERRENOUD, 2001, p. 47).

terça-feira, 4 de maio de 2010

Planejando


Planejando sempre
Ando a planejar
Porque tentei à beça.
Busco mais juízo
porque improvisei demais.
Hoje me sinto com sorte,
aprendiz que sabe.
Só levo a certeza
de que eu pouco planejei,
e eu já mudei.
Projetar os passos,
o amanhã.
Construir a escola
que é cidadã.
É preciso chão
pra poder sonhar.
É preciso mãos
pra poder unir.
É preciso luta
pra conseguir.
Penso que mudar a escola
é semear sementes,
encontrar pessoas
convivendo sempre.
Como o mestre Paulo Freire,
educando a cidade,
eu vou com autonomia.
E, com liberdade, eu vou,
cidade eu sou.
Projetar os passos,
o amanhã.
Construir a escola
que é cidadã.
É preciso chão
pra poder sonhar.
É preciso mãos
pra poder unir.
É preciso luta
pra conseguir.
¹ Música original: Tocando em Frente, de Almir Sater e Renato Teixeira – Ed. Arzé Caipirarte / Ed. Peer Music.
Fonte: PADILHA, Paulo Roberto. Educar em Todos os Cantos: Reflexões e Canções por uma Educação Intertranscultural. São Paulo: Cortez, 2007.

Planejamento

O planejamento das aulas está sendo um grande aprendizado individual e coletivo nesta caminhada de estágio. Tenho pesquisado bastante e debruçado-me em leituras que encontramos no decorrer do curso e outras leituras novas.
O trabalho em conjunto com os colegas, tanto aqueles que trabalham com a turma que faço estágio, quanto com a turma que oriento teatro no turno inverso ao meu estágio, espaço esse que trabalho com outra colega que faz estágio de nosso curso também tem sido de grande aprendizagem, pois conseguimos elaborar muitas coisas em conjunto e principalmente orientar aulas em uma dupla docência o que é uma experiência bastante positiva nesse decorrer de trabalho.
Retomado um pensamento muito crítico a partir de uma organização mais específica, quase apontando para uma questão científica, visto que a cada momento de elaboração de planejamento pesquiso e reconstruo certezas que por muito tempo permaneceram imutáveis.
Verso sobre o que diz  Maria Bernadette Castro Rodrigues "Os pressupostos teóricos
estabelecem as diretrizes do trabalho, definido procedimentos e estratégias metodológicas.
Em outras palavras, planejar é a constante busca de aliar o "para quê" ao "como", através
da qual a observação criteriosa e investigativa torna-se, também, elemento indissociável
do processo. Os "pressupostos" expressam a fundamentação teórica; são os alicerces, as
referências para a prática, representando as metas e, até, os ideais. Por sua vez, os
"princípios" são necessários para garantir a aproximação da prática aos ideais e vice-versa.", e concluo enfatizando as palavras de Madalena Freie: "O diário de classe do professor também desempenha um papel importante para o planejamento, pois este se faz e se refaz, dinamicamente, na prática."
(1983:77).
Com toda a certeza, o planejamento como o tenho realizado no pbworks, tem sido o diferencial para a minha atuação.
"Um fazer pedagógico dialógico-crítico e sensível parte da concretude da vida, mas a partir dela faz também suas abstrações, constroi hipoteses, teorias, ciencias e novos saberes. (Padilha,2007).

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Um olhar mágico


O trabalho da segunda semana de estágio foi muito marcante. Ele fez com que não só o olhar do alunos pudesse se transformar em mágico para as coisas do mundo, mas principalmente o meu. A partir da história, da reflexão e do envolvimento dos alunos percebi que também possuo um olhar que pode ser mágico.
Os alunos e alunas fizeram a leitura do livro “Os olhos mágicos de João” de Marô Barbieri,individualmente e tiveram um sentimento bom com a perspectiva de cada um possuir um exemplar do livro, possibilidade essa que foi tranqüila pois temos dez exemplares do livro na biblioteca e eu também levei o meu próprio exemplar para atividade. O autógrafo de Marô Barbieri em alguns exemplares também foi motivo de comentários sobre como foi a visita da autora no ano de 2009 à escola.
Após o trabalho de interpretação ficou claro que é necessário instigar a imaginação para que os alunos usem a sua e acreditem que é possível a partir do sentimento mágico exercitar novos sentimento que possibilitem conhecer além do que o mundo nos apresenta concretamente. É necessário que os alunos acreditem em seus próprios sonhos e sua própria imaginação.

“Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!” (Mário Quintana, 1948)
 
Após a leitura, realizamos a confecção de óculos em papelão com celofane colorido para que pudessemos imaginar um outro mundo e nossos sonhos. E foi nesse momento que as coisas se transformaram, pois ali, na brincadeira passamos, alunos, alunas e eu, que é possível, com imaginação, alegria e crença no sonho, que as coisas podem trilhar os rumos que gostariam que tivessem.

A confecção dos óculos mostrou uma quebra na racionalidade e fez com que sorrissem mais e vissem o mundo de forma colorida, mesmo que fosse apenas na cor do celofane colado.
A seqüência com os professores específicos em outras aulas fez ampliar o olhar diferente sobre as coisas a partir do olhar na escola e também através de conceitos de palavras sobre sensações e sentimentos humanos ainda em construção: compaixão, tolerância, solidariedade, humanidade, sonho, amor... 

(...) o sonho é tão necessário aos sujeitos políticos, transformadores do mundo e não adaptáveis a ele (...) (Freire, p. 92 , 1992)
(...) Que educador seria eu se não me sentisse movido por forte impulso que me faz buscar, sem mentir, argumentos convincentes na defesa dos sonhos por que luto? Na defesa razão de ser da esperança com que atuo como educador. (Freire, p. 84, 1992) 

O Teatro

O teatro tem significado maior em meu trabalho e para alunos e alunas que trabalham comigo também. Ele é um instrumento de desinibição, integração, alfabetização, politização e transformação, ele faz com que a criança, o adolescente e o adulto sintam-se parte e protagonista de sua própria vida e sociedade.


"O ser torna-se humano ao descobrir o teatro" (Augusto Boal, 1992)

O trabalho de teatro da semana encontrou um conteúdo diferente, a experimentação de energias corporais e o domínio sobre ela e o corpo. O trabalho é complexo e demorado, Trabalha com três energias - Semente (suave), Pantera (ágil) e Samurai (dura), uma em sequencia da outra e com muito trabalho prático corporal. A experiência demonstrou na prática o olhar mágico, diferente e novo que as crianças estão tendo sobre a sua própria vida. No mesmo local que sempre fizeram teatro, seus olhos brilhavam a comentar que: “como é legal fazer esses movimentos com a energia”, encontrando um significado novo para o fazer teatro e para a seu dia-a-dia. “A atividade de expressão não visam à formação de um artista, mas sim ao desenvolvimento de um ser dinâmico e social” (Machado, 59, 1989).

Esse encontro entre o prazer do fazer do aluno e sua felicidade em realizar a atividade construindo algo novo e possibilitando seu desenvolvimento encontra eco naquilo que diz Paulo Freire: "Ninguém educa ninguém, todos nos educamos em comunhão ", pois é uma troca entre aquilo que é lançado pelo educador e o que é experimentado e devolvido pelo educando e sua relações.

(...) Refletindo desta forma sobre a questão, a unidade básica de análise do processo ensino/aprendizagem já não é a atividade individual do aluno e sim a atividade articulada e conjunta do aluno e do professor em torno da realização das tarefas escolares. A atividade auto-estruturante do aluno é gerada, toma corpo e transcorre não como uma atividade individual, mas  como parte integrante de uma atividade interpessoal que a inclui.A atividade do aluno que está na base do processo de construção do conhecimento está inscrita de fato no domínio da integração ou interatividade professor/aluno. (Coll, 1981 in Coll, 1994)




segunda-feira, 19 de abril de 2010

Primeiras impressões

A primeira semana de estágio foi bastante instigante, nervosa, mas ao mesmo tempo muito animadora. Tenho trabalhado com a turma do 5º ano desde o primeiro momento do ano, então sei quem são e onde estão. Agora os desafios são os vôos que poderemos alçar juntos.
O projeto de estágio é bastante interessante pois resgata e recoloca em minha pauta a interdisciplinaridade e o próprio trabalho de projetos. Coloca lado a lado propostas de Libâneo que diz em 2002 que Interdisplinar diz respeito à interação entre duas ou mais disciplinas visando trocas entre os especialistas e uma integração entre disciplinas no interior de um projeto específico de ação ou de pesquisa. Contra a fragmentação e compartimentalização do conhecimento.; e  Hernandes e Montserrat defendem o projeto de aprendizagem nos dizendo que “Esse envolvimento dos estudantes na busca da informação tem uma série de efeitos que se relacionam com a intenção educativa dos Projetos. Em primeiro lugar, faz com que assumam como próprio o tema, e que aprendam a situar-se diante da informação a partir de suas próprias possibilidades e recursos. A partir disso tudo espelho-me na s palavras de Paulo Freire a realizar o trabalho e ao ver que os alunos não são, e sim estão sendo, assim como "o mundo não é, ele está sendo", pois a cada descoberta eles e elas se constituem cidadãos mais questionadores e críticos das próprias descobertas e falas do professor,anteriormente tão conclusivas em suas vidas.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Antes do estágio. Momento 3

Um dos momentos mais importantes antes de iniciar o estágio daqui a uma semana foi a reunião com os pais da turma. Na verdade, reunião de mães. Sexta feira, dia 26 de março, reunimos os pais e mães da comunidade em assembléia geral e após cada turma reuniu os pais e mães dos alunos e alunas. Cada mãe entrou na sala e encontrou um cartão de boas vindas e crachás com seus nomes, todos confeccionados pelos estudantes da SALA MÀGICA, realizamos um trabalho semelhante ao trabalho do sonho com a música Fascinação e cada mãe escreveu o seu sonho para o seu filho no ano. Após conversamos sobre tudo isso e sobre a forma de trabalho e o estágio que seria realizado por mim na turma. Após debatemos os interesses e as ansiedades de todoas as mães e encerramos a reunião com a confecção do cartaz sobre o sonho das mães da SALA MÀGICA.

Antes do estágio. Momento 2


A ansiedade pelo estágio é grande, e gostaria junto com os alunos fazer tudo e mais um pouco. Tenho trabalhado com ele muito daquilo que acredito, e venho construindo com eles possibilidades de um outro mundo possível. Desafiei a todos no início de nosso trabalho a que pensassem em um sonho possível para esse ano. Mostrei a turma a música interpretada por Elis Regina - Fascinação e possibilitei com que entendessem que sonhos podem ser sonhados quando estamos acordados e juntos construimos um  sonho possível individual, um sonho coletivo para a turma e um sonho para quando serão adultos. muitas foram as idéias, registramos tudo e colocamos em um grande cartaz na sala, todos os sonhos juntos, e a partir daí, nomeamos a nossa sala como "SALA MÁGICA", o lugar para que nosso sonhos possam se tornar realidade.


Antes do Estágio. Momento 1

O estágio inicia em uma semana, e as atividades com a turma já estão sendo trabalhadas como se fosse o estágio. Elaborei um trabalho sobre a Dengue que envolveu a turma durante duas semanas e a escola como um todo. Inicialmente lancei o assunto do calor extremado durante os primeiros dias de aula, e muitos foram os questionamentos. O mais relevante foi o perigo sobre a dengue. A partir dai pedi que escrevessem o que sabiam sobre a dengue, depois disso pesquisamos em livros, folhetos e na internet muito sobre a dengue. Construimos coletivamente textos e montamos uma estratégia de combate a dengue. Saimos pela escola para descobrir focos da dengue, tentamos eliminá-los e confeccionamos cartazes sobre o que é dengue, seus cuidados, focos permanente e não permanente e colocamos em toda a escola alertas para todos os focos encontrados. O próximo passo será confeccionar panfletos e distribuir pela comunidade alertando para que eleimine-se todo e qulquer foco do mosquito da dengue.

domingo, 21 de março de 2010

INICIANDO O ANO

Este semestre estamos iniciando uma etapa muito interessando em nossa formação acadêmica: o estágio. Lembro-me de anos atrás estar entrando em estágio depois de passar pelos anos de estudo do magistério e muitos eram naquele momento, os desafios de colocar em prática um milhão de idéias junto com os alunos, os colegas de escola e a comunidade escolar. Lembro-me como se fosse hoje. Entrei em estágio no segundo semestre em uma escola da periferia de São Leopoldo com mais de 1200 alunos. A turma de meu estágio era uma terceira série e ela possuia 36 alunos. Um desafio e tanto. O mais interessante é que passei por todos os passos de observação, pré-estágio e elaboração de projetos junto com a mesma turma, então os acompanhei desde o início do ano e trabalhei com estagiário o segundo semestre, foi marcante. Até hoje, encontro alunos que estiveram comigo naquele momento e hoje já são adultos.
O estágio que se inicia marca uma retomada de todos os conceitos que discutimos, debatemos e amadurecemos durante o período de 2006/2 até hoje e estarão em prática na turma em que farei estágio. A grande diferença para a outra época é que hoje, somos mais experientes, porém o desafio se mostra maior, afinal de contas a gama de conhecimento e a experiência acumulada nos coloca frente a realizar um extraordinário trabalho. Bom trabalho a todos e todas nós.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Elementos Pedagógicos II


No mesmo texto Arquiteturas Pedagógicas... lemos:


(...)Arquitetura de ação simulada: O pressuposto desta arquitetura assenta-se na idéia de que o melhor meio de aprender a realizar uma atividade é fazê-la ou aprender a fazer fazendo. Esta arquitetura é mais adequada quando o foco da aprendizagem é realmente do domínio da experiência. Neste caso a arquitetura exige a criação de simulações que efetivamente reproduzem situações da vida real. Tais situações virtuais têm o objetivo de preparar o estudante a lidar com aspectos complexos que não podem ser vivenciados diretamente ou naqueles em que há dificuldade ou impossibilidade para estar presente diante do fenômeno. (...)



Vejo esta arquitetura bastante similar a muitos movimentos pedagógicos que fazemos no dia a dia.

Por exemplo, o jogo de futebol: Os alunos gostam muito quando participamos, mesmo que a professora não entenda nada, não saiba jogar, pra eles aquele momento é de uma experiência única e se o professor for além de apenas confraternizar com o aluno é uma grande oportunidade de aprender, ou seja aprender a fazer, fazendo. E o uso da tecnologia também é assim, mesmo que nos preparemos bastante antes de entrar em sala de aula, haverá seituações que não saberemos responder: Porque demora tanto pra entrar a intenet? Por causa da velocidade. O que é a velocidade da internet? São os kbytes da conexão. O que são Kbyts e o que é conexão?... A infinidade de perguntas é imensa e se formos esperar aprender tudo para trabalhar com os alunos, nunca vamos fazer. É preciso se preparar bem, estar atualizado, munidos de uma abertura pessoal e profissional como nos sugere a própria proposta da Recuperação e arriscar. Muitos acertos teremos, muitos equivocos cometeremos, mas estaremos caminhando. E o caminhar se faz caminhando, aprenderemos fazendo junto com os alunos, e não seremos aqueles que diremos o que esta certo ou errado, estaremos ali como mediadores de um processo, afim de possibilitar a construção de conhecimento mostrando valores de um cidadão justo, honesto e solidário, que desenvolverá a sua própria responsabilidade a partir do uso da rede mundial.




Elementos Pedagógicos


No texto Arquiteturas Pedagógicas... das professoras citadas no post anterior temos algumas citações:

(...) Uma escola ou um curso virtual de formação baseia-se no
teletrabalho (Bianchetti, 2001), tendendo a substituir a presença física pela
participação na rede eletrônica e pelo uso de recursos (programas e materiais)que favoreçam a construção conjunta (cooperativa). (...)



Esse trecho nos remete ao que acontece conosco em nosso curso virtual. Entretanto ele possui duas dificuldades quando falamos em cooperativismo a distância: primeiro que o uso das tecnologias pelos professores ainda é incipiente pois a maioria são migrantes digitais e usar as TICs ainda é um mistério. Segundo que por termos essa dificuldade de tranbalharmos no computador, a rede fica prejudicada, pois há mais desencontros do que encontros, entretanto é um desafio a ser vencido que na virada dessa década será minimizado com a implantação em grande escala de computadores e internet de banda larga nas escolas.





(...)Educar para a busca de soluções de problemas reais - o uso da tecnologia
deve preparar o próprio professor para viver a experiência de mudanças
no ensino que ele irá proporcionar aos seus alunos. O que pretendemos
será, então, pensar uma formação a distância, mediada pelas tecnologias,
que nos permita discutir e solucionar problemas que tenham significado
para os sujeitos, que os aproximem da realidade. A incerteza, as contradições,
a indeterminação não são resíduos a serem eliminados, mas elementos
constituintes do processo (Schön, 2000).(...)



Essa afirmação de Donald Shön mostra o quão real e instigante o uso das tecnologias no ensino a distância. Através da internet é possível debater, discutir e em muitos casos entrar em questões mais delicadas que muitas vezes, presencialmente nos fazem timidar e não dar sequencia ao debate. Veja o twitter. Ele é um válvula de escape, ele faz as pessoas colocarem seus sentimento, seus pensamentos, seus questionamento ao mundo. Através de e-mail, uma forma mais reservada é rofunda a reflexão entre as pessoas e no que tange a discussão e debate sobre a realidas os softwears de mensagens instantâneas nos elevam a uma rapidez quase que presencial, Há prós e contras, mas assim se faz com mais rapidez e mais argumentação cada frase escrita.

É necessário entender que o escrever nos faz pensar mais e elaborar mais, muitas vezes evitamos soltar palavras ao vento, sem pensar, e isso nos torna pessoas com mais senso, elaborando mais a formação de cidadão que tanto se fala e tão pouco se mensura em nossas escolas.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Arquiteturas Pedagógicas

No texto de nossas professoras Marie Jane Soares Carvalho,
Rosane Aragon de Nevado e Crediné Silva de Menezes "(...) As arquiteturas pressupõem aprendizes protagonistas. Com orientação do professor, requerem-se do estudante ação e reflexão sobre experiências que contemplam na sua organização pesquisas, registros e sistematização do pensamento. O mesmo princípio se aplica aos professores,
embora o âmbito de ação e reflexão seja de outra natureza.
A ação dos professores tem como exigência a pesquisa, o registro e a sistematização
ao planejar e avaliar as experiências de aprendizagem para seus alunos.(...)


Nos revelam as possibilidade de um protagonismo no processo aprendizagem através das arquiteturas pedagógicas. E elas o são protagonistas pois fazem o aluno e principalmento o professor a desacomodar-se numa perspectiva piagetiana e também numa perspectiva real, pois assim como faz o aluno e o porfessor se encontra com suas certezas a partir de uma premissa interrogativa e passa a caminhar por dúvidas que desacomodam e fazem buscar novas respostas para aquilo que pesquisa. E nesse ir e vir, não é apenas uma resposta que se encontra. É um processo de pesquisa incipiente científica, mas que dá suporte a construção de um novo conecimento baseado no buscar por suas próprias necessidades e ansiedades respostas cada vez mais relevantes ao aprofundamento daquilo que é o objetivo central dapesquisa. E toda essa pesquisa é possibilitada por uma arquitetura que tem nas tecnologias as suas possibilidades de realização ampliadas, universalizadas e principalmente compartilhadas que ´´e o cerne da quastão da pesquisa, construindo uma rede de aprendizagens perpassando por todas as plataformas possíveis dentro da WEB 2.o: seja um site de pesquisa, um artigo on line, um periódico virtual, um site de relacionamento, uma plataforma de livros e vídeos, além da rede de seguidores e relacionamentos possíveis através dos blogs, wiki, twitter e toda a internet.

Primeiros Registros 2010


A WEB 2.0 constitui uma revolução, renovação. Talvez a melhor maneira de descrevê-la seja democratização da www. O que vejo é uma maior acessibilidade a programas, a ferramentas, ao prórpio uso da internet através de diversas máquinas. o computador fixo, o computador móvel o telefone celular... E dentro da navegação é possível acessar desde umsimples e-mail até notícias, jornais, conferências, reuniões, livros, filmes, músicas, compartilhar tudo isso de forma transparente e democrática, transformando a rede em uma rede real de relacionamentos, trocas, informações e formações, pois a formação acadêmica também é possível em um tempo que a internet e tranformada em plataforma de conhecimentos compartilhados.

Tudos isso se mostra em nosso curso, onde temos uma sala virtual que nos possibilita sala de aula, portifólio, foruns, biblioteca, tudo em compartilhamento, em rede. Além disso vamos além para com o uso de wiki, blogs e a possibilidade de páginas como orkut, facebook, msn, tudo a favor do ensino aprendizagem na prática e em nosso cotidiano.

Recuperando

Antes de iniciar o começo temos que terminar o fim.
São duas interdisciplinas a recuperar: Seminário Integrador e Didática, Planejamento e Avaliação.
Vamos aos trabalhos para retomar as aprendizagens que ficaram pelo caminho. É bem necessário essa retomada e mesmo que seja nas férias de muita gente, é prazeiroso poder dedicar mais tempo aos escritos e debates.
Bom trabalho a todas e todos que acompanharão esse período.