segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

A REDE

Sábado à tarde, meu grupo de teatro participou de uma atividade chamada "Festa - Comunidade na Praça" na Praça Lenon Joel, na vila Paim, bairro São Miguel, São Leopoldo, junto a Associação de Moradores. A festa era uma promoção do CRAS - Centro de Referência de Assistência Social ligada a Secretaria de Assistência Social, que faz um trabaho para integrar as escolas, ONGs e entidades diversas de uma determminada região em prol a atividades, projetos e programas que sejam direcionados a população em geral numa linha de oficinas de artesanato, esportes, música, literatura, teatro. entre outras. E o Teatro Geração Bugiganga (TGB), meu grupo, participou dessa atividade em virtude do trabalho de parceria que temos com o condomínio São Miguel, que por sua vez tem a parceria com a Escola Estadual Mário Quintana, escola essa onde realizamos oficinas de teatro entre 2002 a 2004 e que tem ligação forte com o TGB, pois muitos alunos seus fazem parte do TGB e muitos espetáculos do grupo são apresentados na escola. O que me leva a falar disso, é justamente a REDE que se forma com o Condomínio, a Escola, a Associação de Moradores, o TGB, o Instituto Lenon Joel pela Paz, as outras escolas da região, a Secretaria Municipal. Todos em função de uma melhor qualidade de vida da população a partir de ações que visão a participação direta dos atores sociais, alunos, professores, diretores, moradores, atores de teatro, músicos, estudantes voluntários, funcionários públicos. E é nessa idéia que se acerca a gestão democrática, através de ações como essa, conseguimos reunir a população de uma região, que pode, com pequenas incursões de debates políticos, se intrumentalizando para atividades mais específicas que coloquem em xeque a gestão de ONGs, associações e da escola, para que ela aconteça participativa e democrática.

Gestão Democrática na Escola

A gestão democrática na escola exige participação de todos e todas e isso requer que os atores sociais e as entidades comunitarias trabalhem em rede. Não se chega a lugar algum se os trabalhos forem feitos isoladamente. Vivemos hoje em um país que tem muitos anos de exclusão, exploração e institucionalizado alguns conceitos os quias são muito difíceis modificar. O empobrecimento da população, aparentemente apenas cresce, festas de final de ano para que muitas crianças tenham ao menos um presente de Natal se eternizam, ONGs para acabar com a fome, com indigentes, com crianças mal tratadas, para diminuir a violância contra a mulher, contra o preconceito racial e a corrupção proliferam pelo país, mas numa visão geral nada se modifica.

Talvez a resposta seja que o país tem problemas maiores e mais profundos do que conhecemos. Pois quanto mais se trabalha a favor, mais problemas aparecem. A exemplo a corrupção: quanto mais se descobre ligações políticas eempresarias, mais elas acontecem.

E como fazer para realmente modificar isso?

Como fazer para que alunos de quinta série estejam preparados para o conteúdo que deles se exige conhecimento?

Como fazer para que alunos que prestam vestibular escrevam as palavras corretamente?


A resposta é encher linha.

A resposta é pesquisa de campo.

A resposta é debate na escola.

A resposta é qual.



Não se tem resposta prontas, temos uma gama de idéias que precisa ser debatida, e esse debate se faz quando os atores sociais e as entidades comunitárias se enxergam, se olham olho no olho e falam de suas necessidades, de suas angústias e possuem instrumentalização para avançar no debate. Por isso a rede de trabalho, para que todas as pontas tenham responsabilidade e todas as pontas tenham acesso ao fazer da escola com os alunos, pais, funcionários e professores. Quando ela não for uma ilha, ela será democrática, e terá a participação de todos, então teremos uma gestão de participação com interesses próprios sendo construidos dentro de um outro mundo possível, justo, honesto, pacificador, harmonioso, amoroso e democrático.

Paciência e Participação Política

Sexta-feira à noite, sábado a tardinha e à noite, domingo o dia inteiro e hoje pela manhã exercitei mais do que nunca uma coisa chamada paciência. Estou com meus trabalhos atrasados em sua maioria, venho realizando-os e postando-os. Nesta sexta iniciei a revisar o que preciso fazer a ainda e a conexão da internet ficou muito difícil, não sei se pelo modem ou pelo computador, no sábado a mesma coisa, no domingo, consegui um pouco de paz e trabalhei um pouco, mas muito pouco e no domingo, não fosse o computador ser novo, teria sido jogado para longe...





A paciência não havia esgotado, então nesta segunda tentei conectar e ma janelinha de conexão abria e fechava a minha conexão, fui até uma lan house e descobri que ela também estava de feriado, então com ajuda de amigos estou com conectado agora... Isso é paciência... É o tempo dispensado para estar ligado a faculdade. As pessoas que fazem o trabalho presencial gastam seu tempo em ônibus, tresn, no trânsito enfim, nós, nas in úmeras conexões e tentativas de postagens...





Mas o que tem a ver a paciência para conexão na internet com a participação política.

Vejo que é preciso ter muita paciência para que as pessoas entendam a real necessidade de participar politicamente de todo e qualquer processo. Seja aquele que é obrigatório, o voto para presidente, governador, prefeito... ou o debate na associação, na empresa, no condomínio, no clube ou na escola.

É muito cômodo fazer o que está estabelecido, não precisamos pensar, não precisamos desafiar, não precisamos debater, discutir e por isso mesmo, não temos animosidades no recinto em que convivemos, mas isso nos leva a uma lógica única, o que nem sempre é bom, nem sempre é o melhor caminho, pois aponta para a vontades unilaterais.

Entretanto, nem todos dão um boi para não entrar numa briga... Muitas vezes, dão uma boiada inteira e não querem se incomodar... É que por muitas décadas algumas máximas foram irraigadas como verdades: Deixa que eles que estudaram resolvam... Eles disseram que é assim... Falaram que está na lei... O povo não está preparado para votar... Muitas pessoas discutindo não dá certo... E por aí vai...

Então é preciso reeducar as pessoas a participar, e para isso existem fases de paciência:

Primeiro é preciso ter paciência para convencer as pessoas a participar, e em se tratando de escola, precisamos começar com os próprios educadores, depois temos que ter paciência quando o número de participantes é menor do que o de organizadores de uma determinadada atividade.

Depois é ter paciência para recomeçar aquilo que aparentemente não deu certo, e chamar todos e todas a participar novamente.

Num terceiro momento temos que ter paciência conosco também, para não atropelar o curso normal de amadurecimento das pessoas e para que nós não desistamos no meio do caminho...

E quando a comunicdade estiver participando, seja da escola, da vila, do condomínio, temos que ter paciência com a participação de cada um, pois afinal de contas talvez seja a primeira vez que muitos tem a oportunidade de falar e isso causa ansiedades, alteração de ânimos e até confrontos, que terão que ser reorganizados com muita paciênica...

A cor da cultura

E as cotas,

discriminam?






A resposta inicial talvez seja politicamente correta: As cotas não discriminam. Ou podemos ser mais acadêmicos e dizer que as cotas são uma reparação histórica ao que foi submetido o povo negro no brasil Colônia e no Brasil Império. Ou podemos identificar aí, mais uma forma de discriminação, pois afinal de contas está sendo reservada uma cota específica pelo fato da pessoa ser de determinadacor e não por suas capacidades ou competências, seria uma afirmação da não competência de determinado povo.





E o embate pode passar por aí... São caminhos de debate.








Quando falamos em cotas, estamos implicitamente falando de uma realidade ligada as relações interraciais. Negros e Brancos, invariavelmente também índios e outras etnias. Mas basicamente fala-se dos negros.





Nossa região - Vale dos Sinos - historicamente é calcada numa predominância branca, em todos os sentidos. Nas ruas, nas escolas, nas empresas,nos costumes, nas festas... O número de pessoas brancas é maior do que o de pessoas negras.





Mas ao nos ater a detalhes e questões que passam cotidianamente despercebidas talvez encontremos a cultura afro mais presente do que pensamos enxergar, conseguiremos perceber a pele negra mais frequente do que nossos caminhos, que sempre são invariáveis.








Vejamos alguns pontos em nosso cotidiano próximo:





Quantos diretores e diretoras de escolas municipais são negros? E supervisores?





Quantos alunos do PEAD - Pólo de São Leopoldo são negros?





Quantos professores e tutores tivemos que são negros?





Em nossas escolas, qual o número de professores e alunos negros?





E nas escolas particulares?





E fora da escola, onde estão as pessoas de pele negra?





Não fiz pesquisa de campo, mas uma pequena amostragem nos levam a algumas respostas como: há uma diretora negra nas escolas do município de São Leopoldo, algumas colegas negras no Pólo, uma tutora negra...





Onde esta a igualdade racial? É necessário as cotas para dar a mesma oportunidade a todos?





Não entendo as cotas como favor, nem como desmerecimento, entendo as cotas como um processo democrático de possibilitar com que todos e todas, principalmente aqueles que foram durante séculos desrespeitados e excluidos do processo de desenvolvimento tenham a possibilidade de contribuir com o mundo, e aos que negligenciam tal opinião, sugiro que tentem passar um dia como se fossem negros no centro de nossa cidade,ou no shopping, ou em uma loja ou mercado, observem os olhares dos seguranças, dos caixas e mesmo das pessoas, é claro que nem todos e todas, mas uma grande parte ainda vê na cor da pele um problema, um perigo... E isso nos leva a cada dia a necessidade de salvaguardar a integridade do ser humano que está ao nosso lado. A política de cotas insere o negro em instâncias antes reservadas somente a branco e a ricos, e é preciso aprendermos com as novas políticas que visam a busca de um outro mundo possível, como disse Eduardo Galeano no final de semana, no programa Encontros para a História da SPORTV, referindo-se a Fórum Mundial de Porto Alegre que talvez tenha sido uma das grandes resistências deste início de século para a implementação de diversas políticas de reparação no mundo inteiro.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

vivendo a democracia

A vida é um ciclo, e a gestão democrática também, um passo leva a outro que depois é repetido, pois se não o for, não se realiza, e se estanca, portanto, o ciclo não se completa. E ele só será completo se houver a base da democracia que é a participação das pessoas. Seja na escola, no projeto de teatro, no cozido da comida, no estágio do estudante, na pracinha onde a menina quebrou o dedo, ou no médico onde a professora diagnosticou Síndrome de Bournot, na eleição da associação de moradores, na eleição da escola, na exigência da criação do conselho escolar, na participação da eleição do sindicato, na participação dos jogos entre as escolas, no passeio pela comunidade e fora dela. Só aprenderemos a democracia se vivermos ela, só aprenderemos a gestar se o fizermos e só teremos uma escola, ou a praça se houver pessoas e crianças a gralhar, caso contrário, teremos o silêncio, e para esse silêncio não há necessidade de um regimento, de um plano de carreira, de uma profissão de educador, de um currículo específico, pois a vida adulta, não terá convívio, não terá conflitos ou cooperação, essencial para autonomia e transformação social.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

TRANSTORNOS NA VIDA ADULTA

Em psicologia da vida adulta construímos um projeto temático sobre os transtornos na vida adulta e deixo aqui registrado algumas questões ee explicaçoes sobre tais.


Transtorno bipolar


Transtorno com alteração de humor entre a euforia e a tristeza e o tratamento é feito através de medicamentos e psicoterapia.


Síndrome de Bournot


Caracteristica da função do magistério, é um estado de exaustão e desinteresse pelo trabalho.


Transtorno obsessivo compulsivo - TOC


A pessoa tem obsessões que acabam aprisionando-a em gestos, pensamentos e açoes repetitivas, que lhe trazem sofrimento como por exemplo abrir e fechar a porta um número de vezes, mesmo tendo a certeza de que esta estava fechada, lavar as mãos insistentemente e muitos outros e isto acaba comprometendo a vida da pessoa no trabalho, no convivio com outras pessoas, na escola...o tratamento é feito através de terapia e com medicações.


Depressão


A depressão é uma doença do organismos como um todo, que compromete o físico, o humores e em consequencia o pensamento.


Para dar continuidade as reflexões o endereço do link está abaixo

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