terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sétimo Semestre - 2009/2

Talvez o sétimo semestre tenha sido o mais difícil para mim. Confrontou-me com o planejamento, algo que eu tenho plena consciência da importância de realizá-lo para o sucesso do trabalho, mas que para mim é bastante difícil. Acredito em minha intuição e por vezes deixo o planejamento de lado. O semestre, o seminário integrador, as lições de Freire na base para os trabalhos gerais e também de EJA, a Arquitetura pedagógica, mostraram-me um caminho sem volta: É planejando que as coisas dão certo. Aprendi que Tudo acontece por que tudo foi planejado, talvez possamos arrumar algumas arestas, organizar algumas questões que não ficaram claras, rever conceitos e atividades, mas o objetivo que foi traçado, será cumprido, não por que se deu uma ordem, mas por que se organizou passo a passo para ele ser alcançado.

Sobre Arquiteturas:

No texto de nossas professoras Marie Jane Soares Carvalho,
Rosane Aragon de Nevado e Crediné Silva de Menezes "(...) As arquiteturas pressupõem aprendizes protagonistas. Com orientação do professor, requerem-se do estudante ação e reflexão sobre experiências que contemplam na sua organização pesquisas, registros e sistematização do pensamento. O mesmo princípio se aplica aos professores,
embora o âmbito de ação e reflexão seja de outra natureza.
A ação dos professores tem como exigência a pesquisa, o registro e a sistematização
ao planejar e avaliar as experiências de aprendizagem para seus alunos.(...)
Nos revelam as possibilidade de um protagonismo no processo aprendizagem através das arquiteturas pedagógicas. E elas o são protagonistas pois fazem o aluno e principalmento o professor a desacomodar-se numa perspectiva piagetiana e também numa perspectiva real, pois assim como faz o aluno e o porfessor se encontra com suas certezas a partir de uma premissa interrogativa e passa a caminhar por dúvidas que desacomodam e fazem buscar novas respostas para aquilo que pesquisa. E nesse ir e vir, não é apenas uma resposta que se encontra. É um processo de pesquisa incipiente científica, mas que dá suporte a construção de um novo conecimento baseado no buscar por suas próprias necessidades e ansiedades respostas cada vez mais relevantes ao aprofundamento daquilo que é o objetivo central da pesquisa.

Sobre Planejamento

O espaço pedagógico é um texto para ser constantemente lido, interpretado, escrito e reescrito (Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia, 1996,p.109)

E mais

Sobre Planejamento e o que os estudantes nos trazem

O que tenho dito  sem cansar, e redito, é que não podemos deixar de lado, desprezado como algo imprestável, o que educandos (...) trazem consigo de compreensão do mundo, nas mais variadas dimensões de sua prática na prática social de que fazem parte. Sua fala, sua forma de contar, de calcular, seus saberes em torno do chamado outro mundo, sua religiosidade, seus saberes em torno da saúde, do corpo, da sexualidade, da vida, da morte, da força dos santos, dos conjuros. (FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança, 1992, p.85)

Trindade(2005) coloca que a partir dos contatos com o mundo escrito antes mesmo do período escolar os sujeitos já estão inseridos na alfabetização, que os artefatos que são disponibilizados já estão  neste novo pensar sobre o alfabetizar.

E tudo isso conjugado junto, mostra-se uma forma de transformação e ela só se dará se for planejada. Todas as ações de mundo, seja  em casa, na associação, no clube, na cidade, no país alcançam êxito se forem pensadas, repensadas, e colacadas em ação, e depois disso avaliadas em seus resultados. Isso é trabalhar com planejamento. Dentro e fora da escola.

Sexto Semestre - 2009/1

Este semestre foi filosófico, mesmo que as questões étnicas, psicológicas e educação especial tenham tomado grande parte das leituras e debates, a filosofia se encarregou de nos mostrar que temos que ter lado e o lado que Adorno e Kent nos mostraram é que para sermos civilização temos que ter educação e ela não pode ser qualquer educação e deve defender acima de tudo a humanidade, jamais de fender a barbárie e é por isso que a psicologia, as políticas de reparação e a inclusão são fundamentais e tomaram o nosso tempo de aprofundamento, pois se queremos igualdade, temos que defender as diferenças e a diversidade em todos os momentos e espaços.

A EDUCAÇÂO

‘A educação era capaz de produzir filósofos-reis’ - Platão

‘A educação deve livrar o aluno da tirania do presente’ - Cícero

‘A função da educação era de ensinar os jovens como proteger a sua liberdade’ - Jefferson

‘A educação serve para libertar os jovens dos constrangimentos não-naturais de uma ordem social malévola e arbitrária’ - Rosseau

‘A educação serve para ajudar o aluno a funcionar sem certeza, num mundo de mudanças constantes e ambiguidades que confundem.’ - Dewey

A CIVILIZAÇÂO

Descorrendo os olhos sobre os texto de Kant e Theodor Adorno, vislumbrei diversas idéias que me levaram a busca de mais refernciais sobre os mesmos temas e encontrei algums escritos bem relevantes como a página do XI SimposioInternacional Processo Civilizador em Buenos Aires transcritos por Luiz Francisco Albuquerque de Miranda– UNIMEP –lfamiranda@uol.com.br sob o título VOLTAIRE E A SOCIOGÊNESE DO CONCEITO DE CIVILIZAÇÃO: A IMPORTÂNCIA HISTÓRICA DA CORTE inhttp://www.uel.br/grupo-estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais11/artigos/41%20-%20Miranda.pdf
além disso encontrei Norbert Elias que diz sobre a civilização:

"civilização é um processo, um encadeamento de eventos, mudanças sociais e interiorizações, que se dirige, ao longo da história ocidental, para um maior controle social, um maior controle técnico do homem sobre a natureza e uma maior disseminação de autocontrole entre os indivíduos"(ELIAS, 1994c).


O que nos faz diferente????????????????????????ww

Que inteligência éessa que nos faz diferentes dos animais e nos transforma em civilização?
Como as civilização se contruiram, como se educa, como se contrói e destrói, quais os passos de sua liberdade e sua luta por manter a liberdade e principalmente como o pensar a civilização pode nos fazer mais humanos, como cada pequeno gesto, ou uma simples palavra pode afetar a um e a muitos nessa rodaa viva? Qual a revolução que fazemos para construir o mundo?
"Sendo assim, as revoluções não concernem a pequenas questões, mas nascem de pequenas questões e põem em 

Quinto Semestre - 2008/2

O Quinto semestre marca o meio do curso, e principalmente o amadurecimento de estudante universitário. Como Freire disse, O mundo não é, ele está sendo, nós também somos seres inacabados em constante transformação e isso é provado a cada momento, independente de nossa história, idade ou esxperiência, cada momento é único e nos transforma.
Ao avaliar os outros semestre identifiquei a importância do Seminário Integrador, que busca, como o nome diz integrar as disciplinas, transformando-as em interdisciplinas, e ao rever o nome das interdisciplinas do semestre anterior, me deparei como havia me deparado naquele momento de 2008 com; Representação do Mundo... em todas elas e o eixo de trabalho com Tempo e Espaço, o que foi muito bem pensado para que o seminário fosse uma revolução para nós e acredito que para o próprio curso e a faculdade como um todo.É o SI que integram que reflete, que debate e que constrói novos paradigmas, pois confronta as interdisciplinas, as instiga e as faz compartilhar e construir saberes.
E nesse semestre para auxiliar essa revolução nos deparamos com o PPA que colocou em prática, de forma organizada os preceitos vistos na interdisciplina ECS, do primeiro semestre, que fez com que utilizássemos o máximo de ferramentas da internet, pesquisássemos virtualmente e de corpo presente e mais do que isso, interagíssemos com os trabalhos dos colegas.
Isso ainda é difícil, pois mexer no que é dos outros é difícil, fomos educados diferente. Mas o tempo hoje é de construção coletiva, é de rede e isso que faz com que a internet seja a rede mundial e nós inseridos nela, desde o e-mail até o EAD.

Quarto Semestre - 2007/2

De todas as interdisciplinas deste semestre o que me chamou mais atenção foi a matemática pois com o professor Samuel, compreendi alguns conceitos que para mim eram obscuros, e o maior de todos foi entender que geometria plana, não existe, o que existe é uma adequação da geometria do planeta para o plana, afim de podermos estudar. Visto que o planeta não é plano, sempre é curvo, é necessário planar os objetos para que se estude-os e possamos chegar aos cálculos que necessitamos e também fundamentos teóricos que podem ser exemplificados pelos textos de Hoffman citando Papert e Carraher:

Acredito que a transformação do mundo e a cooperação andam juntos e são base para que a aprendizagem da matemática se dêem de forma mais significativa, indo ao encontro ao que nos diz Papert e também Carraher através do texto da professora Hoffman:
(...)Segundo Papert (1980), o ensino da Matemática, tradicionalmente feito nas instituições escolares, é um processo que faz a criança “esquecer a experiência natural da matemática a fim de aprender um novo conjunto de regras” (p.243). Carraher (1989) também caracteriza a matemática escolar como não sendo significativa para o estudante, mas, sim, uma atividade institucional cujo objetivo é que o sujeito realize a tarefa definida pelo professor, saia-se bem em um exame, preencha o tempo na escola ou, até mesmo, aprenda Matemática.

Terceiro Semestre - 2007/2

Este semestre foi recheado de linguagens para a tranformação a partir da educação: Literatura, teatro, artes visuais. E isso tem muito a ver comigo que defendo e trabalho pelo teatro dentro e fora da escola.

A interdisciplina de teatro fez-me reencontrar com mestres como Viola Spolin, Peter Brook, Ingrid Koudela.

“todos aqueles que estão envolvidos no teatro devem ter liberdade pessoal para experimentar” (SPOLIN, 1979).

A interdiscplina de Literatura me fez perceber mais de perto a ideologia dentro das histórias infantis e sua correlação com o mundo e a política educaional:

“Temos uma pátria a reconstruir, uma nação a firmar, um povo a fazer... e para emprehender essa tarefa, que elemento mais dúctil e mais moldável a trabalhar do que a infância?!...”

(Senador Lopes Trovão, discurso  no Senado Federal em 11 de setembro de 1896.)

A interdisciplina de Artes Visual foi a mais instigante, pois me abriu ao portifólio de registros como instrumento de avaliação constante, uma forma de acompanhar a evolução do aluno tendo ele como protagonista no seu fazer e no seu avaliar.
Segundo Hernández, (2000, p.166),
“poderíamos definir o portfólio como um continente de diferentes tipos de documentos [anotações pessoais, experiências de aulas, trabalhos pontuais, controles de aprendizagem, conexões com outros temas fora da escola, representações visuais, etc.] que proporciona evidências do conhecimento que foram sendo construídos”. (Hernandez,2000)
“Ensinar significa acompanhar e instrumentalizar comintervenções, devoluções e encaminhamentos o processo de mudança de apropriação do pensamento.”
Madalena Freire, 1997.

Segundo Semestre - 2007/1

Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica, vasculhando a história da educação em todas as suas facetas, desde a colonização, passando pelo império e chegando a república, apresentando os pioneiros e nos colocando no cerne das discussões de rumos de uma nova educação talvez seja um dos pontos marcantes do estudo dentro da UFRGS, e ao mesmo tempo, visitar conceitos da psicologia, um dia abordados no Magistério, fascinaram o segundo semestre.

Talvez por ter sido muito identificado com a história desde a tenra idade e por ter em momentos específicos da adolescência e no ensino médio contato com professores que marcaram a história da cidade e do estado (Protásio Prates, Victor Becker e Paulo Eggon), A Interdisciplina de História tenha feito tanto significado para mim e isso talvez se explique num dos conceitos de Mecanismo de Defesa da interdisciplina de Psicologia:


Identificação – Diante de sentimentos de inadequação, o sujeito internaliza características de alguém valorizado, passando a sentir-se como ele, no início da vida é um processo necessário, mas permanecer nela, impede a aquisição de uma identidade própria.

      -    Quando o aluno se identifica com o professor, copiando sua maneira de vestir, falar e desejando ser ele quando crescer.

...É claro que crescemos e buscamos nossas identidades, mas nossa formação está ali...

Primeiro Semestre - 2006/2

O primeiro semestre de encontro com a universidade foi de uma magnitude imensa. Muitos anos me afastavam da convivência da academia, entretanto si o sonho de estar lá e graduar-me sempre era presente, e finalmente aconteceu. Com certeza, o tempo traz suas seus prós e contras. A experiência é uma delas e a falta de tempo é outra. Mas tudo se acomoda... “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena” (Fernando Pessoa).
Dentre as interdisciplinas cursadas a que mais me chamou a atenção foi Escola, Cultura e Sociedade – Abordagem Sociocultural e Antropológica. Essa interdisciplina além de explorar todo o contexto social e político da educação nos aproximou das tecnologias, o que lincou as demais interdisciplinas. A professora responsável nos jogou na internet de forma a mergulharmos, a navegarmos de verdade para desvendar o conteúdo e isso foi fundamental para entender e construir o conhecimento.

Visitando novembro de 2006

... Tenho pensado bastante sobre o curso e tenho me deparado com algo que além de inovador para mim, é para o mundo, tenho colegas estudando nos cursos presenciais e a distância em outras universidade e vejo como demandamos tempo para a nosso formação além deste outros cursos. A infinidade da internet e o formato de nosso curso nos possibilita a intervenção em diversos campos e lugares com as mais variadas pessoas, porém, nos demanda muito tempo (...)
Muitas vezes em sala de aula ou mesmo estudando, falamos, debatemos e não registramos, isso faz com que muitas coisas se percam pelo caminho e aqui, tudo está escrito, é uma grande vantagem, tem também a desvantagem de não poder dizer que não tinha dito aquilo ou aquele outro, tudo está escrito. Exercita também o pensar antes de agir.

A história repete-se, pois em Roma, os cristãos eram perseguidos e lutaram , ao chegarem ao poder perseguiram tantos e deparam-se com movimentos de resistência que nos séculos XV e XVI conseguiram estabelecer uma nova direção. Esses revolucionários, então burgueses tomam o poder e aliam-se as elites, construindo o capitalismo que é combatido por Marx e Engels a partir do século XIX . Questionando-se as verdades estabelecidas, e construindo movimentos como a Internacional e registrando a conjuntura através de periódicos e escritos conseguiu-se influenciar as classes sociais, conseguiu-se iniciar a democratização das escrituras, do conhecimento e assim questionar a necessidade de dominantes e dominados.

“Está claro que todos os ataques dirigidos, em geral, contra o feudalismo devem ser conduzidos contra a igreja, todas as doutrinas revolucionárias, sociais e políticas devem ser, ao mesmo tempo, heresias teológicas. Para poder sanear as condições sociais existentes é preciso tirar-lhes seu caráter sagrado.”(MARX, 1983).

O que fica claro é que o dominante utiliza seus meios de influência para educar os dominados com a ideologia e o objetivo que lhe for mais conveniente, seja para servi-lo ou para manter o sistema.