segunda-feira, 10 de maio de 2010

Resgatando aprendizagens

Tenho me deparado com muitas aprendizagens nesses dias de estágios. Reencontrei-me com textos de Euclides Redim, tenho lido mais frequentemente Paulo Freire e tenho me deparado com muitos autores e autoras que me fazem repensar e reaprender muito do que vimos no curso e muito do que vimos na vida.
E isto está explicito no tempo de estudo o qual tenho me dedicado para planejar, para aprimorar e principalmente para argumentar todas as minhas propostas. Tenho sido tão aluno quanto os meus alunos, tenho dado importância e significado ao ato de estudar. "O ato de estudar, de ensinar, de aprender, de conhecer é difícil, sobretudo exigente, mas prazeroso, pois que os educandos descubram e sintam a alegria nele embutida, que dele faz parte e que está sempre disposta a tomar todos quantos a ele se entreguem". (FREIRE, 1998, p. 83).
Assim como eu resgato aprendizagens e reconstruo possibilidades de conhecimento e enfrento e ultrapasso possíveis fracassos, os alunos devem ter a possibilidade e uma grande aprendizagem dentro do meu trabalho deu-se no início dos trabalhos de resgate de aprendizagens dos alunos que por um motivo ou outro estão defasados nas aprendizagens possíveis e ou necessárias para o desenvolvimento de suas aptidões de construção de conhecimento.  O objetivo desse trabalho que possibilita um momento específico para alunos com defasagem, em ambiente diferenciado - biblioteca, sala específica, laboratório de informática, teatro - e com um número reduzido de participantes dá ao professor e ao aluno um olhar mais próximo, mais reflexivo, mais solidário, mais afetuoso e principalmente mais contundente no que tange em encontrar soluções para as inquietações dos alunos e suas defasagens no entendimento das questões abordadas.
Durante todo o trabalho com quatro alunos e o tema gerador  "operação matemática da divisão", estratégia de jogos, recursos como  "tabline" e material dourado foram fundamentais para organizar, embasar e empolgar o encontro dos alunos com a "divisão", antes um problema que dividia conhecimentos e após uma possível solução que compartilhava saberes. E para que essa ação dê resultado positivo não podemos esperar que tenhamos os meios satisfatórios, nós temos que fazer com que o meio seja satisfatório, indo a luta com trabalho respeito, sabedoria, argumentos e reivindicação, não só de materiais mas também de políticas públicas para uma educação de qualidade e democrática. "(...)podemos considerar que a evolução do sistema passa pela multiplicação das tentativas individuais. Para saber que recursos, condições de trabalho, meios de ensino, flexibilização de horários, comunicação entre graus e procedimentos de avaliação devemos pedir ao sistema, é preciso experimentar os obstáculos estruturais, enfrentá-los de forma concreta e pessoal. Senão estaremos falando no vazio. (...) Ninguém tem uma visão totalmente clara sobre o fracasso escola, a igualdade, a justiça, a diferenciação."(PERRENOUD, 2001, p. 47).

Um comentário:

Marga disse...

Trabalhar com arte, encantar com o que se acredita, talvez torna do ato de educar algo especial, diferenciado, singular! A tomada de consciência para planejar atividades criativas, manter um embasamento coerente, faz do Estagio, um tempo que flui e passa! A experiência vale e o mais interessante é que tu transpareces uma grande satisfação digna dos bons educadores. Agora falta pouquinho para terminar essa etapa. O mais importante é que teus alunos possam vivenciar aprendizagens com um olhar mais reflexivo e instigante e ter continuidade na caminhada possibilitando uma interação como algo tranquilo e eficaz. A tua disciplina em realizar os trabalhos em dia e a persistência, já apresentam bons resultados, não é? Não deixa a peteca cair e o encantamento diminuir! Segui no ritmo!