quarta-feira, 29 de julho de 2009

ser indio

Daniel Mundurucu, índio da nação Mundurucu - Pará/Brasil, em seu texto EM BUSCA DE UMA ANCESTRALIDADE BRASILEIRA (PREFEITURA DE ALVORADA. Secretaria Municipal de Educação. FAZENDO ESCOLA, vol 02, ano 2002, p. 40-42.) mostrou que existem luzes a serem acesas no caminho escuro que andamos trilhando na educação brasileira.

A educação como a conhecemos é referendado por um passado que viveu a ditadura militar ou suas consequencias imediatas, muito inspirada em modelos externos que pouco contribuiram para a brasileiridade de nosssa formação. É certo que hoje, com olhos mais vívidos e críticos posssamos entender o leito do rio de nossa própria história e as curvas sinuosas que ela faz para poder educar as gerações a frente. Porém, e essa geração que é responsável por ensinar, quem é? De onde vem? Como viveu? Quem ensinou? O que aprendeu?

Talvez como o mestre Daniel, neto de seu Apolinário que se escondia no silêncio e sentia vergonha de onde vinha até entender sua anscestralidade, nós o tambémo assim o fazemos. Talvez nem todos nos entendamos índios, negros, ciganos, alemães, japoneses, mas todos somos brasileiros e vivemos o presente do Brasil. Esse presente, que não tivesse esse nome, não o seria, devesse ser desembrulhado com o carinho, cuidado e paciência como com certeza faria o avô de nosso indiozinho mundurucu, e aí em meio ao silêncio do barulho do desamassar do papel, assim como todos os barulhos que fazem as águas do rio quando deslizam em seu leito, conseguiriamos ouvir o que o coração tem a dizer sobre esse presente, e poderíamos encontrar ali as respostas das perguntas feitas no parágrafo anterior, não como respostas prontas, de múltipla escolha, ou dissertativas, masi como presentes legados por quem nos ascendeu a vida e consigo trouxe uma história que teceu parte da teia que hoje nos envolve, e precisamos continuar a tecer, mesmo que ela esteja emaranhada. Precisaremos de paciência, de carinho e de muito cuidado para desemaranhar e continuar no leito do rio, continuar a trilhar os caminhos da educação. Cuidado para que a teia não rebente e com ela a história da brasilidade de nossavida.

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