Reflexão a partir do comentário ao post anterior.
Trabalho a muito tempo com educação e com uma forma de educação que busca a autonomia do aluno e da aluna. Acredito que a inclusão do aluno e da aluna surdo na escola é algo muito difícil, porque são raros os professores que possuem formação em libras, e mais raros os alunos e pais que conhecem a existência de tal instrumento de comunicação e mesmo com todas as iniciativas de inclusão, vejo bem distante crianças surdas dentro da sala de aula regular.
Entretanto, há 15 anos, já viamos com muita dificuldade a inclusão de crianças com síndrome de down, com paralisia cerebral e outra limitações estarem no ensino regular.
O que devemos perguntar e buscar não é a inclusão de uma criança deficiente em uma escola regular, ou se há espaço na escola para dimunir o preconceito às pessoas com diferenças físicas e mentais. O que é urgenet é uma mudança de rumos de valores, onde todos dar-se-ão
as mãos para uma caminhada conjunta. Para uma caminhada que nos faça humanos, irmãos e iguais, não só na lei, mas nos atos e ações.
O mais ágil, aguardará aquele que tem uma cadeira de rodas, os que escutam e falam, sentarão para aprender e ensinar uma comunicação conjunta com quem não escuta, aqueles que raciocínam como a maioria, terão senso de justiça para construir possibilidades para pessoas portadoras de síndromes que afetam o desenvolvimento mental, e como uma grande rede, teremos ao alcance não a velocidade de um mundo que clama por desenvolvimneto desenfreado e a qualquer custo, inclusive o de vidas humanas e segregações e sim teremos a serenidade e a paz para sentar a beira de um rio e contemplar como é perfeito a curva que ele faz para proteger a vida de uma árvore frondosa que segura a terra que poderia assoriá-lo de uma vez. Exemplo real de solidariedade, justiça e comunhão de mundo. Utópico, entretanto, se não buscarmos a utopia, o mundo não sobreviverá à humanidade.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
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Um comentário:
Oi Marcelo...belíssimo texto! Tenho uma irmã com deficiência mental, e, apesar de todas as nossas tentativas (que não foram poucas) o único lugar que encontramos que aceite mesmo crianças com deficiência são as APAEs. Tenho pena dos considerados normais, que deixam de aprender com as diferenças dos outros.
Sobre surdez, dá uma olhada no blog da Lak: http://desculpenaoouvi.laklobato.com/
Ela explica muito em diversos textos, todas as linguagens possíveis para um surdo.
Bjs
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