segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O erro linguistico

Quando Luis Carlos Travaglia diz:

O espaço para o pluralismo discursivo poderia se caracterizar por um trabalho de análise dos recursos linguísticos presentes nos textos orais e escritos. Por exemplo: quem disse o quê? Para quem? Em que situação? De que geração? De qual região? De que grupo social? Que outras expressões conhecemos, que poderiam substituir as que usamos, se estivéssemos em outro contexto? Em que situações os textos orais são produzidos cuidado­samente para serem falados? Dessa forma, visibilizaríamos mais a diferen­ça, o que, em alguma medida, coloca em xeque a questão do "erro linguístico", possibilitando aos falantes incorporarem a noção de uso ade­quado ou não adequado da linguagem (Travaglia,1996).

Nossos conceitos de certo e errado no ensino da lingua são colocados em xeque, pois ao reconhecermos a diversidade linguística, seja ela a partir da idade, do local, da geração, do meio, estaremos possibilitando uma democratização da fala, da escrita e sucessivamente da leitura. E talvez esse acesso diversificado e universalizado nos levará a uma maior autonomia na alfabetização e no letramento, entretanto, teremos novos poaradigmas a serem ultrapassados no que se refere ao erro: o que é erro e o que não o é e como buscar alternativas para entendermos o erro e corrigí-lo sem tolher a democratização das letras?
Teremos uma nova construção de ensino, a qual deve lidar com a diversidade incluindo aí o culto e o popular.

2 comentários:

Giselda Correa disse...

Oi Marcelo... Gostei da tua postagem! Nela trazes problematizações e opiniões a respeito do "erro linguístico". Trazes também um trecho onde colocas que “Teremos uma nova construção de ensino, a qual deve lidar com a diversidade incluindo aí o culto e o popular”. Para refletir:
"Como a escola e nós como educadores estamos nos preparando para essa mudança?" "Será que estamos realmente preparados para isso?" Abração pra ti. Gi

Marcelo TGB disse...

Oi Gi. Hoje, penso que não estamos preparados para tal mudança, em tempo, acredito que é muito difícil estarmos preparados para mudanças. Elas mexem com conceitos e modificaá-los nos desestrutura e assim faz com que a escola seja desacomodada e nem sempre conseguimos trabalhar em águas revoltas, a bonança é mais segura.